Brasil, China e cooperação
Neste artigo da nossa série falarei sobre um país, que nos últimos anos cresceu e se desenvolveu de uma maneira exponencial. Vamos falar da China.
A China é o país mais populoso do
mundo, com 1,43 bilhão de habitantes, isso significa que cerca de 18,3% da
população mundial é chinesa. A China não se destaca apenas pela grande
população, mas também pelo seu território, é o 3º país com maior extensão
territorial, atrás apenas da Rússia e do Canadá. Possui um IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) de 0,758 e é o 85º país no ranking. O PIB (Produto
Interno Bruto) dessa potência foi, em 2019, US$ 14,34 trilhões, representando a
segunda maior economia do mundo, sendo um PIB per capita de US$ 10.261,70.
A relação com a China começou em
1974, com a abertura da embaixada brasileira em Pequim e da embaixada chinesa
em Brasília. Essa nova parceria, que podia não parecer grande coisa, se mostrou
uma das melhores parcerias feitas pelo Brasil e, em 2000, a China se tornou o
maior parceiro comercial do Brasil. A relação não é exclusiva do comércio, mas
também no setor tecnológico e em 1999, Brasil e China lançaram o satélite
CBERS-1 e foram lançados mais cinco satélites em conjunto, além da cooperação
no ramo da saúde e integração em blocos econômicos.
Além de grandes avanços comercias e
em nossas cooperações, o Brasil foi de grande importância para a entrada da
China na OMC (Organização Mundial do Comércio) e em 2006 foi criado o BRICS, um
mecanismo de cooperação mutua entre Brasil, China, Rússia, Índia e África do
Sul. A China é um dos maiores investidores no Brasil, através de fusões,
aquisições e compras de participação acionária, sendo que os principais
investimentos estão nas áreas de energia elétrica e petróleo e seus derivados.
Com base nas informações do Governo
Federal e no site do Comex Stat, a balança comercial anual sempre foi favorável
para o Brasil, considerando do ano de 2009 até 2019. O menor superávit que
tivemos nesse período foi de US$ 3,3 bilhões em 2014 e o maior superávit da
série foi em 2018, US$ 29,2 bilhões. Em 2019 a movimentação foi de US$ 98,62
bilhões, sendo o superávit de US$ 28,08 bilhões.
Olhando para os dados das
importações brasileiras com origem na China, em 2019, somaram US$ 35,27
bilhões, isso representou 19,9% das importações brasileiras e um aumento de
1,6% em relação ao ano anterior. Isso faz com que a China seja o 1º país no
ranking das importações brasileiras. As importações são, principalmente, de
produtos industrializados e com um maior valor agregado, como equipamentos de
telecomunicação e máquinas e aparelhos elétricos. As commodities não possuem
grande representatividade nas importações.
Entretanto, quando analisamos as
exportações brasileiras para a China, vemos grande representatividade de
commodities e produtos primários com baixo valor agregado, somando US$ 63,35
bilhões, isso representou 28,1% das exportações brasileiras e uma queda de 0,9%
em relação ao ano anterior. Assim como nas importações, nas exportações a China
também é o principal destino das nossas exportações, ficando em 1º no ranking
das exportações brasileiras. Os principais produtos exportados para a China
foram óleos brutos de petróleo, representando 24% do valor total, minério de
ferro, representando 21% e a soja representando 32%.
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